Meu lado racional não me permitia chorar o que eu realmente precisava.
Em uma tarde de domingo, assim como o dia em que ela misteriosamente sumiu, recebi a notícia da minha lobinha que me fora brutalmente roubada em um ato de extrema crueldade e insensibilidade com ela e conosco, estava viva.
A raiva, o ódio e a tristeza bateram à porta da casa do meu coração, tive vontade de sair correndo e ir buscá-la.
Uma respirada profunda e o medo de que lágrimas escorrecem pelo meu rosto, tentaram me fazer esquecer aquilo que eu acabara de ouvir.
Ela fora vendida por R$350,00, o que é uma quantia relativamente alta pra uma cachorra mestiça (husky-siberiano e vira-lata), para uma família ao qual uma criança a ama.
Ao escrever isso, senti um nó na garganta, as lágrimas encherem os meus olhos, o nariz tampar, como se estivesse chorando, as mãos tremer, e as pernas, ah as pernas tiveram vontade de levantar e sair correndo pra trazê-la de volta.
Algumas pessoas me disseram "Pense pelo lado bom, ela está com alguém que cuida dela", mas a verdade é que quando construimos algo com o coração, a razão não é capaz de superá-lo. Talvez fosse fácil esquecê-la, mas eu a acolhi, cuidei, tratei, amei...
Fotos eu já não tenho mais, os vídeos se perderam junto com os vírus virtuais, mas as lembranças do coração jamais serão perdidas.
O que mais me encantava nela a lealdade, a mesma que hoje me motiva a escrever resumidamente a falta que ela ta fazendo.
As pessoas podem me tirar tudo, mas jamais tirarão de mim o amor que sinto pelas pessoas, coisas, animais, e por tudo o que eu faço.
Laisa, minha bebê, minha feinha, minha mondronga, minha macaca, minha princesa, minha lobinha eternamente.
Porque o cão é o melhor amigo do homem!
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